sábado, 31 de março de 2012

Valkyrie: Alma Brilhante parte 8

Valkyrie

     "Tá bom", pensei, "se isso é um campo de treinamento, eu sou uma mitocôndria"
     A Arena era enorme. Feita de puro aço, e o chão estava em constante mudança. Em um minuto, ele trocou de um lago para uma cratera de um vulcão, e depois voltou a ser um lago.
     - Ah meu deus... - Shu disse - As gêmeas estão no controle.
     - Awa e Aka? - perguntou Jannie.
     - Exatamente.
     - Quem são Awa e Aka?
     - São as gêmeas, água e lava.
     - Ãn?
     - Os elementos delas.
     "Isso explica as mudanças repentinas" pensei.
     - AWA, AKA!
     Um turbilhão e um erupção ocorreram simultaneamente. Desses, saíram duas garotas, uma de vermelho e a outra de azul escuro. Elas estavam discutindo. Não prestei muita atenção nelas, mas sim nas armas. A de vermelho segurava duas facas e a de azul um tridente. Ambos nada amigáveis.
     - Parem de brigar, vocês duas.
     - O meu Ruuva é vinte vezes melhor do que o seu!
     - Não, o meu é melhor!
     - Desculpe - interrompi - Quem é a lava?
     - Eu - respondeu a de vermelho - Porque?
     - Porque concordo com você.
     - Viu - ela se virou para a irmã - O meu é melhor
     - Chega! - Shu explodiu - Voltem para a sala de controle.
     - Qual é o Ruuva? - A garota que seria Awa perguntou.
     - O incêndio.
     - Beleza - Disse Aka - Também adoro esse!
     - Ah, droga! - disse Awa - Vamos
     Daí elas desapareceram do mesmo jeito que apareceram. O chão e as paredes mudaram.      Me vi no meio de um incêndio. Shu e Janette ficaram em um canto. Shu me disse:
     - Essa é sua área, seu Ruuva. Você deve começar o treinamento aqui.
     - Qual é o seu Ruuva, Shu?
     - O olho de um furacão. Sente-se e se concentre.
    Assim que me sentei, me senti capaz de esmagar uma pedra com as mãos. Só não fiz isso porque a Jannie é a terra.
     - Ótimo. Agora levante seus braços.
     Fiz o que ele pediu. Imediatamente senti o calor me cercando. Quando me dei conta, estava gargalhando. Girava os braços e fazia acrobacias feito uma louca. Mas não me sentia no controle. Eu sentia o que estava fazendo, mas não comandava meu corpo. Até que ouvi a voz de Shu:
     - Jannie, faça ela parar!
     - Valkye, pare!
     A sensação me abandonou. Meu Ruuva desapareceu. Vi Jannie ao longe, me olhando com cara de pavor. Vi Gimani (como ela apareceu lá eu nãe eo sei), e vi Shu.
     Ele estava caído, com uma queimadura grave no lado direito do braço, onde ele estaria protegido com a sua roupa. Com uma das minhas conversas com Gimani, ela me disse que as roupas de fadas e elfos são como armaduras mágicas, nada atravessa por elas.Mas as Shu estava desativado, sem as asas e a roupa. Ele estava com uma túnica branca, e as túnicas não tem essa propriedade.
     - Valkye... cof,cof... eu vou fica... cof... ficar bem, não se... cof... preocupe.
     - Os poderes dele sobre o ar aumentam sua capacidade de evasão - disse Gimani - Você o teria matado se ele não tivesse desviado. Jannie também foi atingida, mas os poderes sobre aterra impedem queimaduras por fogo.
     Ela realmente parecia bem. Só estava chocada. Eu não fiz aquilo de propósito, mas eles não sabiam disso. Fiquei com uma centena de toneladas pesando na cabeça. Uma garota entrou na Arena berrando.
     - E aí, o que eu... Ah meu santo Ruuva, Shu!
     Ela coreu para nossa direção. Ela tinha belos cabelos castanhos e olhos verdes. Estava vestida de verde e rosa, completamente ativada. Sua arma era um machado. Ela se apresentou como Lucca, a fada das plantas. Perguntou o que aconteceu e lhe contei a história. Todos pareceram acreditar, o que me surpreendeu.
     - É comum - Ela disse - Quando entra pela primeira vez no seu Ruuva, a fada ou o elfo perde o controle sobre seus poderes, e ataca quem estiver por perto.
     - Isso aconteceu comigo - Jannie disse - Kira e Shu ainda estão com hematomas de quando eu atirei uma pedra em cada um.
     - Era pequena?
     - Se você acha uma pedra do tamanho de uma casa pequena...
     - O.K., chega de blá blá blá. Me ajudem a levanta-lo. É uma queimadura de terceiro grau, e a força de impacto foi imensa. Acho que quebrou duas costelas. O treinamento terá que ser adiado. Vamos para o hospital.
     - De novo - disse sem muita empolgação.
     - É - Disse denovo com uma pontinha de humor na voz - De novo

Um comentário:

  1. Oi Cassio, hoje cheguei até aqui,bem interessante e envolvente. Muito legal!!! Bjs.

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